Jogando com vidas/Por André Kfouri

Jogando com vidas/Por André Kfouri

“Jogo de Poder” é um filme sobre a maldade. O fato de contar uma história real piora as coisas.

Naomi Watts faz o papel de Valerie Plame, agente secreta da CIA que tem sua identidade exposta por oficiais da administração Bush, depois que seu marido, o diplomata Joe Wilson (Sean Penn), escreve um artigo no “The New York Times” essencialmente chamando George W. Bush do que ele é: um mentiroso.

O vazamento criminoso, publicado por um colunista do jornal “The Washington Post” levou à condenação de Lewis “Scooter” Libby, crápula que serviu como chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney, a 30 meses de prisão. Bush o livrou da cadeia, mas não do rótulo de canalha internacional.

Sobre o filme, o crítico André Barcinski escreveu o seguinte, na Folha de S. Paulo: “… qualquer filme com Naomi Watts e Sean Penn merece ser visto”. De total acordo.

Watts exala a tensão inimaginável que permeia os dias de quem mente por profissão, e ainda tem de lidar com o reflexo da atividade secreta em sua vida pessoal.

Penn (incrivelmente parecido com Dustin Hoffman) ministra mais uma clínica de interpretação, na pele do ex-embaixador democrata agarrado a convicções e princípios em alto risco de extinção.

Ambos estão ótimos na simplíssima, mas emocionante, cena em que ele se desculpa por ter iniciado o processo que a fez perder “tudo o que era”, e ela diz que é “o que está na frente dele”.

Baseado nos livros que Plame e Wilson escreveram sobre o episódio que alterou suas vidas, o filme é dirigido por Doug Liman, de “Identidade Bourne” e “Sr. e Sra. Smith”.

DISCLAIMER: Liman também foi um dos produtores de “Ultimato Bourne”, que considero o melhor filme de ação que já vi. Portanto assumo, sem nenhum constrangimento, minha parcialidade ao tratar do tema.

As passagens sobre a rotina de uma agente da CIA ficam ainda mais interessantes quando lembramos de que se trata de um caso real. Ficam, também, mais preocupantes.

A história de como políticos inescrupulosos, ajudados por jornalistas tanto quanto, destroem pessoas e famílias, é uma amostra pequena de uma barbaridade: a operação militar americana no Iraque, baseada na mentira de que lá havia armas de destruição em massa.

“Jogo de Poder” cumpre seu papel com brilho.

Por André Kfouri

53- A razão do meu afeto

53- A razão do meu afeto

É uma comédia romântica leve, mas reflexiva. Nina acaba engravidando do namorado e descobre que não quer mais ficar com ele. Conhece George, um professor, que é gay e ao brigar com o namorado, acaba indo morar na casa dela pra dividir o apartamento. Combinam que George irá criar seu filho, só que ela acaba se apaixonando por ele, na esperança que ele deixe de ser o que é, o que acaba não acontecendo lhe causando frustração.

A amizade cresce, esbarrando nesses conflitos. Eles fazem aulas de dança, conversam muito, até que o ex reaparece e George percebe que ele só olha pro seu umbigo. O que Nina não conta é que nessa viagem, George conhece Paul, por quem se apaixona. A princípio, ela não quer enxergar, mas acaba vendo que George a ama, mas como amiga, e nada irá mudar.

No casamento do irmão de George, eles conversam e ela decide que ele se mude para seguir com a sua vida. E acaba tendo a Molly com o apoio do amigo.

No final, no espetáculo da escola, Nina aparece com um novo amor, o policial que a salvou de um assalto após a volta dela de Hamptons para encontrar George.

O filme é bonitinho e Paul Rudd que vive George é qualquer nota. Uma gracinha!

Gosto de Jennifer Aniston e tomei partido dela quando Brad Pitt a traiu e a trocou por Angelina Jolie sem terminar o casamento primeiro.

Sinopse

Uma assistente social (Jennifer Aniston) conhece em jantar um gay (Paul Rudd), que acabou de ser dispensado pelo namorado. Assim ele vai morar na casa dela, dividindo as despesas. É uma situação estranha, pois ela tem um namorado que, apesar de tudo, aceita a situação. Gradativamente ela fica cada vez mais com seu novo amigo. Quando descobre que está grávida do namorado, quer neste momento a presença do amigo, por quem está ficando apaixonada.

título original: (The Object of My Affection)

lançamento: 1998 (EUA)

direção:Nicholas Hytner

atores:Jennifer Aniston, Paul Rudd, Kali Rocha, Lauren Pratt.

duração: 111 min

gênero: Comédia

Crítica a Michael Bay/Por Eduardo Guimarães

Crítica a Michael Bay/Por Eduardo Guimarães

Eu não gosto do Michael Bay. Isso é fato.

Para mim ele é um diretor fraco e repetitivo.

E além de não gostar dele pela maneira de como ele dirige os filmes, eu também não gosto por motivos pessoais, que vou explicar aqui.

Vamos começar pelos motivos técnicos.

Ele iniciou a carreira de diretor com o filme Bad Boys, estrelado por Martin Lawrence, Will Smith, Tea Leoni e Joe Pantoliano, em 1995. É um filme até que razoável, com algumas cenas de ação e de humor bem feitas. Nada muito exagerados nos efeitos especiais ou nas imagens geradas por computador, mas sim com muitas explosões. Algo que iria se tornar rotineiro nos seus próximos trabalhos.

Seu próximo filme foi A Rocha, em 1996. Este filme é a prova absoluta que um filme ruim pode ser salvo por um excelente ator. E não estou falando de Nicolas Cage ou Ed Harris. Mas sim de Sean Connery. Excelente como sempre, o eterno 007 salva este filme.

A partir dos seus próximos trabalhos, Michael Bay mostra algumas características que se tornam marcantes no seu trabalho: muitas explosões, cenas feitas em CGI e a destruição de grandes cidades, principalmente se houver um monumento histórico nela.

Armageddon, de 1998, e Pearl Harbor, de 2001, são dois filmes totalmente descartáveis. Além da poluição visual em cada take, Bay exagera no sentimento americano, principalmente em Pearl Harbor. Outro detalhe que sempre o acompanha é o fato de ele ter apenas um movimento de câmera: o close de baixo para cima, quando o herói está se
levantando.

Novamente com Martin Lawrence e Will Smith, ele lançou Bad Boys 2, em 2003. É um filme que dá vontade de chorar. O roteiro é triste, as tentativas de humor dos protagonistas são péssimas e o exagero de cenas feitas no computador cansa.

Em 2005 ele nos presenteou com A Ilha. Além de um roteiro confuso, o filme tem muitos movimentos de câmera que deixam o espectador zonzo. Infelizmente, nem os protagonistas Scarlett Johasson e Ewan McGregor conseguiram salvar o filme.

Por sinal, esta é uma das coisas que mais me intrigam em Michael Bay: ele sempre consegue excelentes atores para seus filmes. Will Smith, Sean Connery, Bruce Willis, Liv Tyler, Scarlett Johasson, Alec Baldwin entre outros nomes de peso de Hollywood já tiveram o “prazer” de trabalhar com Michael Bay.

Bom, até aqui eu posso dizer que foram os motivos técnicos pelos quais não gosto de Michael Bay.

Agora vamos para os pessoais.

Em 2007 ele levou para as telas de cinema a adaptação de Transformers.

E com a ajuda do pior roteiro possível, personagens que até agora não entendi o que faziam no filme, cenas ridículas, clichês, explosões e mais explosões, imagens demais em CGI, um sentimento exageradamente americano (ao cumulo de Optimus Prime, que no desenho é um caminhão vermelho, no filme é um caminhão azul e vermelho – cores da bandeira
americana), cenas cortadas de forma exagerada e um monte de metal retorcido (porque para mim aquilo não eram robôs, mas sim metal retorcido) e movimentos de câmera que deixam qualquer pessoa com enjôo, ele conseguiu acabar com meu sonho de ver o meu desenho preferido na tela do cinema.

E não contente de acabar com Autobots e os Decepticons no primeiro filme, em 2009 ele lançou Transformers – A Vingança dos Derrotados.

Não sei exatamente qual filme é o pior. Talvez o segundo seja o pior, principalmente por causa da cena de batalha no Egito, onde as Pirâmides e a Esfinge são destruídas.

Por sinal, na lista de Bay, além dos monumentos do Egito, ele também já destruiu o Empire State Building, Alcatraz, Miami Beach e a Represa Hoover.

E agora em 2011 sairá o filme Transformers – Dark of the Moon. Não me espantará se o filme for pior do que os dois primeiros.

Infelizmente, Bay é uma máquina de fazer dinheiro em Hollywood. Seus filmes arrecadam milhões.

Parece que ninguém mais liga para roteiros ou personagens. Você colocando explosões e imagens em CGI, milhares de pessoas irão ao cinema. O que é triste.

Por isso, que em minha opinião, o único filme dos Transformers é o longa animado de 1986. Com a épica cena de luta entre Optimus Prime e Megatron. O resto é resto.

52- Crepúsculo

52- Crepúsculo

Não sou mais adolescente, mas penso que minha alma é, assim como meu coração é de criança. Adoro a saga. E sou apaixonada por Robert Pattinson, um dos homens mais sexies, a meu ver.

Esse é o primeiro filme. Eu gosto da pureza dele. E do amor protetor que Edward sente por Bella. Ele pode até se afastar dela para não machucá-la( o que faz em Eclipse, dando espaço a Jacob, o lobisomen). E todos os vampiros são do bem. Quase todos. O pai dele, Sr. Cullen é médico.

Minha prima, Daniela Mendes, que me deu força para fazer esse blog, de dezoito anos me disse que o amor deles é infantil. Acho romântico. Questão de perspectivas pelo visto.

Acho a trama bem construída e bem feita.

Recomendo a todos! E Robert Pattinson é um aperitivo a mais.

Sinopse

Isabella Swan (Kristen Stewart) e seu pai, Charlie (Billy Burke), mudaram-se recentemente. No novo colégio ela logo conhece Edward Cullen (Robert Pattinson), um jovem admirado por todas as garotas locais e que mantém uma aura de mistério em torno de si. Eles aos poucos se apaixonam, mas Edward sabe que isto põe a vida de Isabella em risco.

título original: (Twilight)

lançamento: 2008 (EUA)

direção:Catherine Hardwicke

atores:Kristen Stewart, Robert Pattinson, Ashley Greene, Nikki Reed.

duração: 122 min

gênero: Romance

51- A felicidade não se compra

51- A felicidade não se compra

Esse filme antigo é sensacional. Gosto de películas em preto e branco, assim como fotografias.

O filme faz com que pensemos que se algo mudasse em nossas vidas e pudéssemos viver algo diferente, o que seria? Valorizaríamos a nossa vida antiga ou deixaríamos as coisas como estão. O que aconteceria se tivéssemos uma segunda chance se revertêssemos.

É disso que o filme trata.

Preparem uma caixinha de lenços porque o filme faz chorar.

E refletir sobre a nossa vida.

E é um filme de Frank Capra. Imperdível!

Sinopse

Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região. Mas tantas pessoas oram por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas, mandado Terra, para tentar fazer George mudar de idéia, demonstrando sua importância através de flashbacks.

Ficha técnica:

título original: (It’s a Wonderful Life)

lançamento: 1946 (EUA)

direção:Frank Capra

atores:James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore (Henry F. Potter) Thomas Mitchell, Henry Travers.

duração: 129 min

gênero: Drama