Poltrona Resenha: Eu Não Sou Seu Negro/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Eu Não Sou Seu Negro/ Cesar Augusto Mota

Para celebrar o Dia da Consciência Negra e fazer o leitor refletir acerca da importância da data, o Poltrona de Cinema traz como sugestão o documentário ‘Eu não sou seu Negro’, indicado ao Oscar de melhor documentário 2016, dirigido pelo cineasta e ativista haitiano Raoul Peck.

A produção é baseada no manuscrito ‘Remember This House’, de James Baldwin, que trata das relações étnicas durante as lutas pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos com foco na morte dos principais ícones, como Martin Luther King, Malcom X e Medgar Evers. O documentário não aborda apenas a violência da época, como também faz uma intercalação com os dias atuais, com a violência policial que deu origem ao movimento ‘Black Lives Matter’, ao lado do movimento ‘Black Panther’.

Além disso, há entrevistas com os líderes do movimento pelos direitos civis, dentre eles James Baldwin, que aponta a principal origem do racismo e que está cada vez mais presente na sociedade contemporânea.

Sobre o autor

Nascido em Porto Príncipe, capital haitiana, Raoul Peck  se refugiou com sua família para a República Democrática do Congo com o intuito de escapar da ditatura de Papa Duvalier. Taxista em Nova York, fotógrafo e jornalista na Alemanha, formou-se em cinema e retornou ao Haiti para se estabelecer como cineasta e ativista político. Foi por um breve período Ministro da Cultura (1996/97). Seu mais recente trabalho foi o filme ‘O Jovem Karl Marx’, que aborda o contexto histórico-filosófico em que Marx iniciou sua trajetória intelectual e política.  O longa foi lançado no Festival de Cinema de Berlim em 2017.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota