Netflix prepara lançamentos baseados no espírito natalino

Netflix prepara lançamentos baseados no espírito natalino

Reprodução da internet

1-O filme “Natal Com Dolly Parton ” que traz no elenco nomes como Christine Baranski e Treat Williams estreia na Netflix no próximo dia 22. O filme traz Parton no papel de um anjo da guarda que tem como função mudar a vida de uma ambiciosa empresária (Baranski) que pretende repassar as terras de seu pai para a construção de um shopping, tirando todos os inquilinos na véspera do natal. 

Reprodução da Internet

2-Já no dia 3 de dezembro, estreia na plataforma “Tudo Bem No Natal Que Vem” com Leandro Hassum vivendo o papel de Jorge, que é avesso ao Natal por comemorar o aniversário na mesma data. Ao despencar de um telhado, fantasiado de Papai Noel, Jorge acaba condenado a só acordar na véspera de cada Natal seguinte, lidando com os resultados dos outros dias do ano.  

Por: Pedro Ribeiro

Poltrona Cabine: O Candidato Honesto 2/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: O Candidato Honesto 2/ Cesar Augusto Mota

Às vésperas de mais uma eleição, são inevitáveis memes e piadas com os candidatos, além de críticas e paródias feitas com o atual momento de crise política e econômica vividos em nosso país. Em 2014, fomos apresentados ao filme ‘O Candidato Honesto’, com o talentoso e irreverente Leandro Hassum (Até que a Sorte nos Separe), que interpretou João Ernesto, um político que foi flagrado em um forte esquema de corrupção e condenado a uma pena de 400 anos de prisão. Ele retorna para uma nova sequência e novamente próximo a mais um pleito que decidirá os rumos da nação. Será que esse novo longa vai dar pé ou será uma bomba?

Em ‘O Candidato Honesto 2’, escrito por Paulo Cursino e dirigido por Roberto Santucci, os mesmos do filme anterior, João Ernesto está mais magro e após cumprir apenas 4 anos da sua sentença, ele deixa a cadeia e é convencido por um partido forte, o PSDL, a voltar a concorrer à presidência da República. Em sua nova jornada, ele tentará provar que se regenerou e que está a serviço da verdade e disposto a propor novas ideias, projetos e um novo jeito de governar. Para isso, contará  com a ajuda de Ivan Pires (Cassio Pandolph), vice-presidente do Brasil por quatro vezes e que dará as cartas nos bastidores, bem como Marcelinho (Victor Leal), uma espécie de braço-direito, que o conduzirá durante a campanha, além da ex-mulher, Isabel (Flávia Garrafa), para reforçar a imagem de homem que preocupa com a família. Seu maior adversário na corrida eleitoral é Pedro Rebento (Anderson Muller), militar, um dos deputados mais votados e líder das pesquisas das intenções de voto.

Com sua vitória nas urnas, João Ernesto terá que mostrar jogo de cintura com todos os que vão querer puxar seu tapete até uma bomba estourar, a denúncia de seu envolvimento em mais um esquema de corrupção, e terá que correr contra o tempo para convencer os deputados a não votarem em um processo de abertura de impeachment. Com toda sua experiência e malandragem, ele fará de tudo para evitar perder tudo o que conseguiu, seja por ele mesmo ou graças aos que o ajudaram, envolvidos ou não em corrupção.

O roteiro explora muito bem as características dos personagens, não apenas do protagonista, como também dos políticos existentes no Congresso. Além disso, ilustra de uma forma bem-humorada, e em muitas ocasiões, de maneira exagerada, as estratégias adotadas por todos os que querem se eleger, sejam por agrados ao eleitorado, favores por debaixo dos panos, ou até mesmo propina, esquemas tão escancarados que não causam mais estranheza na população brasileira. E sem esquecer das alfinetadas em várias personalidades conhecidas da política, do Brasil, como também do exterior, arrancando muitas risadas, bastando apenas olhar para o personagem perfeitamente caracterizado.

O ritmo da história se apresenta com uma estrutura sólida e bem ritmada, da saída de João Ernesto da prisão, a estruturação de sua campanha, até a votação do impeachment. O humor utilizado, de forma escrachada e com algumas situações escatológicas, funciona na narrativa e se torna um atrativo para o espectador, que em vez de se indignar com a política, passará a vê-la por outro ângulo, com pensamento de que é melhor rir para não chorar e o candidato ideal é o com qual mais simpatiza com os eleitores, afinal boa parte está envolvida em alguma falcatrua. Não só há divertimento, o público passa a pensar mais seriamente sobre a política e a observá-la de forma mais acurada. Cenas retratadas e que ilustram impressionantes semelhanças com nosso cotidiano e de nossos governantes, um belo convite ao debate e entretenimento.

E não poderia deixar de destacar as atuações, Leandro Hassum continua ótimo, espontâneo e carregando bem o filme, do princípio ao fim. Dentro de sua especialidade, o humor, o ator consegue não só se sobressair, como abre a possibilidade para o elenco também brilhar, e isso tem o dedo do diretor, Roberto Santucci. Cassio Pandolph está impagável como Ivan Pires, ou Vampiris, como é chamado por diversas vezes. Graças às suas artimanhas a história consegue ter um hilário desdobramento até o clímax, a votação do impeachment. Um pouco fora do humor, Rosanne Mulholland tem importante papel na trama com sua personagem, Amanda Pinheiro, uma jornalista que posteriormente se candidata à deputada federal, e que passa a ser a força-motriz de João Ernesto e decisiva na votação final. Ela cumpre muito bem seu papel e demonstra muito talento e competência.

Se você curte um filme de gênero comédia e está a fim de zombar um pouco da política, esse é o adequado para você. Uma história interessante, hilária, e com grande elenco, que possui duas participações especiais no último ato. Não perca!

Cotação: 3,5/5 poltronas.

Fox Filme divulga teaser e cartaz de ‘Não se Aceitam Devoluções’

Fox Filme divulga teaser e cartaz de ‘Não se Aceitam Devoluções’

A Fox Film do Brasil acaba de divulgar o primeiro teaser e o cartaz de “Não se Aceitam Devoluções”, novo filme estrelado por Leandro Hassum e produzido pela Total Entertainment. Ele interpreta Juca, um solteirão convicto que repentinamente vê sua vida virar de cabeça para baixo com a chegada de uma menina. A trama, repleta de surpresas, é versão nacional da produção homônima de língua espanhola, “No se Aceptan Devoluciones” – recordista de público no México. A estreia está prevista para 31 de maio de 2018.

No teaser Juca aparece rodeado por mulheres até que sua ex-namorada americana Brenda aparece e deixa com ele Emma, um encantador bebê de apenas um ano. Juca, assustado, sem saber falar inglês, vai para os Estados Unidos com a esperança de encontrar a moça e devolver-lhe a criança. Mas o que ele não sabe é que situações para lá de inusitadas estão a sua espera. Confira:

Dirigido por André Moraes, o longa tem no elenco a atriz cubana Laura Ramos no papel de Brenda e a jovem revelação Manuela Kfouri como Emma, além de Jarbas Homem de Mello e Zéu Britto. O roteiro adaptado leva a assinatura de Ana Maria Moretzsohn e Patrícia Moretzsohn. A produção é da Total Entertainment em coprodução com a Fox International Productions, com a mexicana Alebrije e com a Mistika.

Sinopse:

Juca Valente é um sedutor descompromissado. Um dia, Brenda, sua ex-namorada americana, abandona a pequena Emma, ainda bebê, com ele. Desesperado, Juca viaja para os Estados Unidos atrás de Brenda com a esperança de lhe devolver a criança. Seu plano não dá certo e ele fica por lá, trabalhando como dublê. Quando a menina faz seis anos, a mãe reaparece para pedir a guarda da criança.

Poltrona Cabine: Dona Flor e Seus Dois Maridos/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Dona Flor e Seus Dois Maridos/ Cesar Augusto Mota

Um dos grandes clássicos da literatura e sucesso de bilheteria no cinema nacional está de volta. ‘Dona Flor e seus Dois Maridos’, escrito por Jorge Amado (1966) e lançado na tela grande (1976) sob a direção de Bruno Barreto, ‘Dona Flor’ contou inicialmente com o protagonismo de Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. Quarenta anos depois, somos agraciados com uma nova versão, agora sob a batuta de Pedro Vasconcelos (O Concurso), mas inevitavelmente o cineasta não conseguirá escapar de comparações com o filme original e terá uma enorme responsabilidade de entregar uma produção decente e condizente com a qualidade da obra do escritor baiano. Será que o resultado foi satisfatório?

A história gira em torno de Flor (Juliana Paes), uma sedutora professora de culinária e casada com Vadinho (Marcelo Faria), um marido malandro, sedento por noitadas e jogatinas, mas um excelente amante. Ele morre de maneira precoce em um domingo de carnaval, e pouco tempo depois, Flor se casa novamente com o correto, polido e gentil farmacêutico Teodoro (Leandro Hassum). Apesar da estabilidade na nova união, Flor não está plenamente feliz, sente falta do jeito elétrico e fogoso de Vadinho, e consegue trazê-lo de volta como um fantasma que só ela pode ver, formando-se assim o triângulo amoroso que consta no título da obra.

A ambientação nos anos 1940, a retratação das paisagens e dos prédios de Salvador, bem como o cotidiano e costumes do povo baiano são apresentados com fidelidade ao que consta na obra de Jorge Amado, além de diálogos com roupagem lírica e em ritmo de prosa. Palavras mais fortes e chulas e o sotaque soteropolitano reforçam a dramaturgia, e tudo é feito de forma sistemática e para inserir o espectador nos contexto e realidade da época, o que acaba acontecendo de maneira eficiente. A narração em off se dá de forma complementar e a apresentação dos capítulos em flashback não comprometem a qualidade da produção. O ritmo em que se dão as histórias ocorrem de forma fluida e correspondente à origem literária, outro ponto positivo do filme.

As atuações de dois dos três intérpretes são acima da média, Juliana Paes mostrou ter percebido todos os cernes que envolvem Dona Flor, como suas paixões e seus ideais, além de esbanjar muita sensualidade e vitalidade, lembrando Sônia Braga na primeira versão. Marcelo Faria se mostra leve e seguro no papel de Vadinho, tendo em vista que o ator já encena o personagem há anos no teatro. Sua desenvoltura chama a atenção até mesmo nas cenas mais quentes e completamente despido desde que retorna do além até o fim da projeção. Já Leandro Hassum mais conhecido por seus trabalhos na comédia, em especial em ‘Os Caras de Pau’ e ‘Até que a Sorte nos Separe’, é o ponto fora da curva. Estava sob sua responsabilidade representar um papel mais sério, mas em momentos cruciais ele deixa escapar o riso, comprometendo o desenrolar de algumas cenas, e isso fez com que seu personagem fosse transformado em caricatura. As risadas que acontecem, não sabemos se foram por diversão ou constrangimento, algo embaraçoso, mas louvável o esforço do ator em representar um papel mais sério.

Outros pontos fracos do filme foram as apresentações de muitas ações repetitivas, como a resistência de Flor às investidas de Vadinho, e o uso constante de um mesmo recurso, como a diminuição do ritmo da música de fundo nas cenas de amor entre Flor e Teodoro, em alguns momentos eram cômicas, mas feitas repetidamente passaram a cansar o público.

O saldo da nova versão de ‘Dona Flor e seus Dois Maridos’ é positivo, você se depara com uma obra retratada com beleza, elegância e recheada de recursos ousados e cults, uma homenagem ao filme original e ao saudoso Jorge Amado. Juliana Paes carrega a trama com todos os méritos, e o núcleo de atores corresponde em boa parte da história.

Avaliação: 4/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Malasartes e o Duelo com a Morte

Poltrona Resenha: Malasartes e o Duelo com a Morte

A morte vai enganar o homem mais esperto ou o homem esperto vai ter que usar todas as artimanhas para enganar a morte? Essas perguntas curiosas se farão presentes durante ‘Malasartes e o duelo com a Morte’, nova produção da O2 Filmes, que traz de volta um personagem da nossa literatura para encantar as futuras gerações.

Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa) é um malandro que sobrevive praticando um golpe aqui e outro ali e que vive se engraçando com muitas mulheres lindas. O coração do protagonista bate muito forte por Áurea (Ísis Valverde), que possui um irmão ciumento, Próspero (Milhem Cortaz), que não quer vê-lo passar nem na porta de casa. E no encalço de Malasartes está também a Morte (Júlio Andrade), cansada de tirar vidas por toda a eternidade e disposta a encontrar um substituto para então poder se aposentar.

Já deu para imaginar o clima de guerra e sombrio que Malasartes vai enfrentar, tanto para driblar Próspero e ficar com sua amada Áurea, como também para tentar fugir da Morte, que promete não perdê-lo de vista.

O uso da computação gráfica para a divisão da trama em realidade e fantasia proporciona um belíssimo espetáculo visual, com efeitos precisos e muita diversão e o envolvimentos dos personagens entre eles e com o público. O roteiro, porém, é um pouco prejudicado pelo uso excessivo dos efeitos especiais, a história em dados momentos é um pouco esquecida, mas o espectador se encanta e se convence daqueles dois mundos ali representados na tela, até risadas da Morte acontecem em dados momentos.

E o elenco? As atuações, juntamente dos efeitos visuais, são o ponto alto do filme, e notamos interpretações convincentes, além do carisma dos protagonistas, vividos por Ísis e Jesuíta, além de um vilão no estilo caricato e com interações sólidas. Acostumado com produções mais dramáticas, Júlio Andrade surpreende e consegue transmitir uma veia cômica a um personagem que normalmente inspiraria medo, Jesuíta e Ísis conseguem mostrar um casal com brilho e sem pieguismo, além de uma forte ligação com o público. Os personagens secundários, como Candinho (Augusto Madeira), amigo de Malasartes, bem como Leandro Hassum, como Esculápio, e Vera Holtz, como Cortadeira, enriquecem o enredo.

O trabalho do diretor Paulo Morelli em resgatar um personagem do folclore brasileiro e português e eternizado no cinema por Mazaroppi não só valorizam nossa cultura como também fortalecem o cinema nacional, há sim boas produções e engana-se quem diz que não somos dignos de filmes com qualidade.

Precisamos também dar valor ao que é nosso, e ‘Malasartes e o Duelo com a Morte’ é mais uma produção de destaque que merece o incentivo e nossa audiência. Vale muito a pena.

Avaliação: 4/5 Poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota