Poltrona Cabine: Operação Red Sparrow/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Operação Red Sparrow/ Cesar Augusto Mota

Acostumada a todo tipo de produção, desde as que focam em emoções e conflitos amorosos, bem como as que exploram fortes sequências de ação com muita adrenalina, Jennifer Lawrence segue sua trajetória de sucesso, agora em um longa que a fará sair da zona de conforto e que exigirá dela total entrega ao personagem. Com cenas que vão explorar sua inteligência, sensualidade e, principalmente, sagacidade, ‘Operação Red Sparrow’, produção da Fox Films dirigida por Francis Lawrence (da franquia Jogos Vorazes), fará Jennifer enfrentar um grande desafio, a de convencer com uma personagem inserida num cenário de corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia, mesmo que tenha entrado nesse contexto na marra.

O enredo nos mostra Dominika Egorova (Lawrence), jovem bailarina da Companhia Bolshoi, que sofreu um repentino acidente enquanto se apresentava no palco e se vê forçada por seu tio Vanya (Matthias Schoenaerts) a se tornar uma espiã e se tornar “útil” ao seu país. Ela é levada para treinar na academia dos pardais, como são conhecidos os espiões russos, mas os métodos utilizados são um tanto peculiares, que utilizam métodos de tortura e degradação e outros que primam por empregar o charme, a luxúria e a perversão, tudo para a obtenção de informações sigilosas de espiões inimigos, sedução de rivais e, em diversas oportunidades, para desmascarar ou assassinar os alvos. E sua primeira mira é Nate Nash (Joel Edgerton), agente da CIA responsável por administrar a infiltração mais delicada da agência russa de inteligência. Nash saiu da Rússia de forma misteriosa e deixou pistas de que recebe o apoio de um informante, traidor do Kremlin. Ao se conhecerem, os dois entram em uma enorme espiral, que vai desde o encantamento até a decepção, colocando em risco suas carreiras e a segurança de Estados Unidos e Rússia. Uma enorme onda de tensão que vai mexer com os nervos dos espectadores.

Por se tratar de um filme de espionagem, comparações com ‘Atômica’ e ‘SALT’ sem dúvida vão surgir, mas ‘Operação Red Sparrow’ passa bem longe e não lembra nem um pouco o universo dessas duas superproduções. O roteiro não foca em cenas de ação, não há nenhuma durante os 139 minutos de projeção, mas destaca a questão da sobrevivência, já que Dominika precisa cuidar de sua mãe doente e não vê saída para desistir de seu novo trabalho, além das operações secretas, as sessões de tortura e todo o esquema de vigilância montado para a captura e o interrogatório dos suspeitos até a chegada aos alvos, o agente Nate e o informante que o acoberta. O ritmo ditado pela narrativa é irregular, só a primeira parte leva cerca de 30 minutos antes de apresentar a protagonista como espiã, há uma série de reviravoltas que prejudicam a história, mas seu desfecho corrige as imperfeições e traz ao público um fechamento digno de uma trama de altos e baixos.

Se a história apresenta problemas, não se pode dizer o mesmo da parte técnica. O diretor Francis Lawrence, já acostumado a trabalhar com Jennifer Lawrence desde a franquia Jogos Vorazes, soube muito bem explorar as capacidades físicas e psíquicas da atriz, com o auxílio de interiores opacos e planos bem abertos e enquadramentos que valorizam as atuações dos protagonistas e dos atores secundários. A fotografia é de uma extrema elegância, o espectador passeia por diversas paisagens da Rússia ao mesmo tempo em que convive com a atmosfera angustiante, tensa e frenética dos espiões em busca de seus alvos.

Com uma personagem que oferece diversos atrativos, Jennifer Lawrence consegue se destacar em um filme cheio de sobressaltos, indo além dos seus limites e ilustrando uma personagem fora do universo ao qual ela está acostumada a interpretar. Ela carrega a produção e permite aos outros atores se destacarem, como Joely Richardson, mãe de Dominika, e Charlotte Rampling, a treinadora dos Red Sparrows. Joel Edgerton tem uma atuação discreta e entrega tudo o que seu personagem permite, e Jeremy Irons, mesmo que presente em poucas cenas, brilha intensamente. E menção honrosa também para Matthias Schoenaerts, ator belga que já havia se destacado em produções como ‘Ferrugem e Osso’, de Jacques Audiard, e Suíte Francesa(2015), de Saul Dibb, além de ter participado de Garota Dinamarquesa (2015), filme com várias indicações ao Oscar 2016. E ele não faz feio, interpretar o Vanya Egorov, tio da protagonista, foi um grande desafio, o personagem que provoca os acontecimentos mais tensos da trama, além de ser a peça chave da máfia russa contra os espiões norte-americanos, uma atuação de primeira.

Uma superprodução com um roteiro impreciso, que peca pela ausência de ação e abusa das cenas com luxúria, mas que é compensado pelas atuações de seu elenco e pela bela representação visual, ‘Operação Red Sparrow’ é um filme mediano e que poderia ter sido mais bem desenvolvido para seu público. Um gênero que prima pela dinâmica e empolgação, que faltarem nesse longa, uma pena.

Avaliação: 3,5/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Galã: #3 Bradley Cooper/Anna Barros

Poltrona Galã: #3 Bradley Cooper/Anna Barros

Um dos homens mais lindos do mundo,  católico e talentoso. Essa é a definição perfeita de Bradley Cooper. Um dos atores mais requisitados de sua geração. Faz um filme e quase sempre é indicado ao Oscar.

O filme que ele está mais esplendoroso, no auge da beleza, boa forma e excelência na atuação é O Lado Bom da Vida com Jennifer Lawrence. A película deu à estrela o tão sonhado Oscar. A ascensão de Jennifer foi meteórica, mas ela ainda se mantém no topo de Hollywood.É uma das atrizes mais bem pagas da indústria cinematográfica.

Detesto filme de guerra, mas um dos filmes em que Bradley mais arrasa é Sniper Americano. E poderia até ganhar se não fosse a espetacular atuação de Eddie Redmore em A Teoria de Tudo, interpretando o genial físico Stephen Hawkins.

Se você é fã de comédia e quer rir muito bem acompanhada de Bradley, basta sintonizar em todas as sequências de Se Beber, Não Case.

Ele ainda participou de uma de minhas médicas favoritas, Nip/Tuck que fala da rotina nada convencional de dois cirurgiões plásticos.

Bradley Cooper repetiu a dobradinha com Jennifer e suportou os rumores de um romance com a estrela em Trapaça e Joy.

Para os amantes de gastronomia, há um filme muito interessante, de 2016, que ele protagonizou: Pegando Fogo. O título em português pode não ter sido o mais adequado talvez, nem tão chamativo do ponto de vista do marketing, mas o filme é leve e divertido.

Tem Bradley para todos os gostos e ocasiões.

Vamos à uma pequena biografia à la Wikipédia. Bradley Charles Cooper  é um ator e produtor estadunidense, de 42 anos, nascido na Filadélfia e que ficou com marcado pela trilogia Se Beber Não Case. Foi indicado ao Oscar de Melhor Ator em 2013, pelo papel de Patrick “Pat” Solatano na adaptação cinematográfica do romance de Matthew Quick, Silver Linings Playbook e em 2015, pelo papel de Chris Kyle, ex-atirador da Marinha americana, no filme American Sniper. Em 2014, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvantepor American Hustle.

É casado com a modelo russa Irina Shayk, que foi namorada por cinco anos do astro futebolista português, Cristiano Ronaldo, e tem uma filha com ela, Lea. São casados há dois anos.

Se você nunca viu nenhum filme dele, recomendo dois: O Lado Bom da Vida e Sniper Americano. Nesses dois você poderá ver toda a capacidade artística dele e sua versatilidade. Corre lá para ver.

Poltrona Cabine: Mãe!/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Mãe!/ Cesar Augusto Mota

Um filme pautado por muitas metáforas, alegorias e muito terror psicológico. Assim defino ‘Mãe!’, novo trabalho do diretor Darren Aronofsky, que promete não só mexer com a cabeça do espectador, mas mostrar a ele o real significado das coisas, mesmo que não façam sentido numa primeira vista.

A narrativa conta a história de um homem (Javier Bardem) e uma mulher (Jennifer Lawrence), que vivem em uma casa de campo isolada. O marido é poeta e sofre de bloqueio criativo, já a esposa é uma dona de casa dedicada e disposta a restaurar toda a estrutura da moradia. A rotina deles parece tranquila, até ser interrompida de forma repentina por um casal que chega no meio da noite e acaba com a tranquilidade que ali reinava. Os comportamentos desses visitantes indesejados pela esposa, interpretados por Ed Harris e Michelle Pfeiffer, são um tanto enigmáticos e beiram à insanidade, e a partir de tudo isso somos inseridos em um cenário repleto de sustos, loucuras e diversos percalços, deixando não só os personagens, como os espectadores confusos e perdidos.

Na medida em que as ações se desenvolvem, um quebra-cabeças vai se configurando e aos poucos você vai juntando as peças representadas pelas situações surreais ilustradas e tudo começa a fazer sentido. Como dito anteriormente, há um significado por trás do que é apresentado, o que você vê inicialmente não representa o real significado, há uma carga de simbolismo, representada por metáforas e alegorias. O roteiro prima por não mostrar o óbvio, mas dá margens para o espectador ter várias interpretações, e esse é o ponto alto do roteiro, também assinado por Arronofsky. Ele tenta não só envolver o espectador na trama, como também provocá-lo com uma história insana, alucinante e com atos não aceitos em contexto social, na maioria das vezes.

A fotografia é bem chamativa, com alternância de cores quentes no início e tons mais sombrios quando a realidade é quebrada, seja por ações inesperadas dos personagens entre si ou fenômenos estranhos que aconteciam na casa. A câmera atrás da personagem de Jennifer Lawrence, no alto de seu ombro e sempre a acompanhando, ou em tomada frontal e bem enquadrada, nos faz lembrar de outros sucessos de Arronofsky, como Cisne Negro e O Lutador. Em ‘Mãe!”, a sensação que temos ao acompanhar a esposa tão atormentada com o que está acontecendo ao seu redor nos faz sentir claustrofóbicos, desesperados, perturbados, e as sombras ao fundo dos demais personagens nos faz pensar que não há como sair daquele clima de prisão que assolava o local.

As atuações do elenco são fantásticas, Jennifer Lawrence praticamente carrega todo o filme, é nela que a câmera fica concentrada, e é possível se deparar com uma impressionante transformação, de mulher comedida no início para depois encarnar um tom bem mais dramático após tudo começar a sair dos eixos. Javier Bardem, apesar de mostrar um personagem um tanto benevolente no início, impressiona posteriormente por sua imponência e presença. Michele Pfeiffer, apesar das poucas cenas, traz para o filme uma atmosfera mais tensa e cheia de mistério, e sua personagem a deixar a esposa, representada por Lawrence, um tanto deslocada e estranha dentro de sua própria casa. Já Ed Harris, o médico estranho que tem seus problemas aos poucos desvendados, não fica atrás, deixa seu impacto na trama, e seu drama pessoal vai impactar a todos e influenciar nos desdobramentos a partir do segundo ato.

Apesar da proposta ao apresentar uma narrativa confusa e complexa, Darren Arronofsky nos brinda com um conjunto de ações que vão se desencadeando e guardando ligações umas com as outras e farão o espectador entender tudo o que está sendo retratado, e esse é o grande trunfo de ‘Mãe!’, de oferecer uma história bem diferente do que vem sendo contado e proporcionar um desafio a mais a quem está assistindo, de juntar as pistas, virar a chave e matar a charada. Quem gosta de filmes que tragam mais que cenas de susto, ranger de portas e gritos, esse certamente é uma ótima sugestão!

Avaliação: 4/5 poltronas.

 

Por: Cesar Augusto Mota

Michelle Pfeiffer fica devastada ao ver “Mãe”

Michelle Pfeiffer fica devastada ao ver “Mãe”

Em vídeo inédito divulgado pela Paramount Pictures, Michelle Pfeiffer fala sobre a reação visceral que teve após assistir ao resultado final do longa “Mãe!”. Integrante do elenco ao lado de Jennifer Lawrence, Javier Bardem e Ed Harris, a atriz conta que, mesmo conhecendo a trama, ficou devastada após sessão do filme. Para assistir ao depoimento, clique aqui.

Em ‘Mãe!’, a relação de um casal é testada quando visitantes não esperados chegam à sua casa e atrapalham a tranquilidade da família. Do diretor Darren Aronofsky (de “Cisne Negro” e “Requiem para um Sonho”), “Mãe!”é um suspense psicológico sobre amor, devoção e sacrifício. Com distribuição da Paramount Pictures, o filme chega aos cinemas brasileiros em 21 de setembro.

 

Paramount Pictures divulga primeiro trailer de ‘Mãe!’, novo longa de Darren Aronofsky

Paramount Pictures divulga primeiro trailer de ‘Mãe!’, novo longa de Darren Aronofsky

Acaba de ser lançado o trailer oficial de ‘Mãe!’, novo filme de suspense de Darren Aronofsky, mesmo diretor de ‘Cisne Negro’, ‘Noé’ e ‘Fonte da Vida’. Confira abaixo as versões dublada e legendada.

Dublada:

 

Legendada:

 

O elenco contará com as participações de Javier Bardem e Jennifer Lawrence, bem como de Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Kristen Wiig, entre outros astros.

A história acompanha a vida de um casal (Bardem e Lawrence) que terá seu relacionamento testado após a chegada de pessoas não convidadas, acabando com a tranquilidade que até então era reinante.

‘Mãe!’ chega aos cinemas brasileiros em 21 de setembro de 2017, com distribuição da Paramount Pictures.

Por: Cesar Augusto Mota